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3º Encontro Regional do REMA debate autonomia, participação e desafios da juventude
October 3, 2017

Jovens coletivos, convidados, equipe e IBAMA reunidos no final do evento.
No final de semana de 21 a 23 de julho, o Terceiro Encontro Regional da Rede de Estudos para o Meio Ambiente (REMA) reuniu jovens de cinco cidades da Bacia de Campos para conferir os avanços da rede e pensar em como fortalecer o trabalho feito por cada um dos coletivos que formam o projeto. Os debates foram dinamizados pela equipe, com o apoio da Chevron, realizadora do projeto, e o órgão fiscalizador Ibama, que demonstrou muita satisfação com os resultados dos coletivos de Cabo Frio (Voz da Rede), Macaé (Movimento Eco-Social Macaense – Movem), São João da Barra (EmbarcAção), São Francisco de Itabapoana (Coletivo de Jovens em Conexão Ambiental) e Itapemirim (Coletivo de Jovens Rede Cultural).
Primeiro dia: reconhecer e recordar


Jovens quebrando o gelo durante a "gincana das personalidades".
Na primeira noite do encontro, a mesa de abertura contou com a fala de representantes de cada coletivo, que deram as boas vindas e arrepiaram a plateia com a força de sua motivação e disposição para correr atrás dos direitos da juventude.
A mesa foi seguida de uma gincana para quebrar o gelo em que cada um teve que buscar outros jovens com algumas características e experiências específicas. O entrosamento foi tão grande que os coletivos incluíram todo mundo na gincana: até o representante da Chevron foi chamado para a conversa.

A história do REMA sendo contada por cada jovem que a viveu.
Em seguida, a equipe apresentou um vídeo mostrando os passos anteriores do REMA em imagens, e cada jovem que se reconheceu contou a parte da história que viveu, às vezes com saudade do que passou, às vezes com orgulho das conquistas coletivas. Durante a conversa, muitos jovens contaram que chegaram ao coletivo por motivos diversos, mas só continuaram participando porque acreditaram que no REMA poderiam lutar pelos sonhos e necessidades das comunidades em que vivem.
Conquistas e desafios do trabalho em grupo: o segundo dia

Jovens de São Francisco e São João apresentam à plenária os desafios de seus coletivos.
Na manhã de sábado (23/07), um representante de cada coletivo foi à frente da plenária para compartilhar com os demais o desenvolvimento dos grupos – e os avanços foram muitos. Por um lado, contaram que a realização de mais ações voltadas para a juventude das populações tradicionais fortaleceu a identificação e a motivação do grupos, que são cada vez mais reconhecidos em suas cidades quando são convidados para reuniões e espaços de participação e controle social. Por outro lado, a prática de frequentar esses espaços dá cada vez mais coragem para vencer a timidez e dar voz à juventude, com sua forma tão autêntica de entender e transformar o mundo.
Já o debate sobre as dificuldades foi a hora de expor os obstáculos que os grupos encontram durante o trabalho e contar como estão lidando com cada um deles. A autonomia dos grupos com relação à equipe foi uma constante nas falas, que traziam a vontade de depender menos de articuladores na hora de se organizar – e os coletivos estão lutando para entender melhor os processos e se responsabilizar mais pelas atividades.

Jovens identificam que, mesmo em cidades diferentes, têm dificuldades parecidas.
Além disso, a conversa chegou à dificuldade de definir se o respeito às diferenças e outros temas do cotidiano da juventude – como violência, sexualidade, drogas, racismo e intolerância religiosa – podem ou não fazer parte dos assuntos debatidos no espaço do projeto, e um coletivo tomou a iniciativa de partilhar essa dificuldade com as representantes do Ibama presentes no evento. A resposta do órgão, que foi recebida com animação, reforçou a necessidade de partir da realidade dos jovens em todos os seus aspectos, inclusive os mais polêmicos, para construir o conhecimento e as intervenções sobre o meio ambiente das comunidades.

Jovem fala de São João da Barra e a realidade da juventude brasileira
A atividade seguinte foi um grande debate sobre a realidade das juventudes brasileiras, com uma mesa redonda que contou com a presença de representantes de coletivos do projeto e de movimentos de juventude. No primeiro momento, uma dinâmica combinou estatísticas oficiais com músicas sobre juventude, fazendo a turma do REMA se identificar, cantar junto e arrepiar todos os presentes. Mas esse foi só o começo: no segundo momento, cada participante da mesa comentou os dados apresentados, relacionando-os a suas experiências de militância. Nessa conversa empolgadíssima, pautas como o acesso à educação, aos espaços públicos, à cultura e ao lazer levaram a um debate sobre a dificuldade de ocupar e manter conselhos municipais funcionando.
Os convidados puderam compartilhar suas experiências na lida com esses problemas, e reforçaram a importância de ocupar não só os espaços de participação, mas também as ruas e praças para envolver a população no debate.

A representante de Macaé apresenta dados sobre juventude, direitos e participação em sua cidade
Dia três: os planos e sonhos da juventude

Em grupos mistos, jovens constroem propostas para os próximos anos do REMA.
Na última manhã de reunião, empolgados mas também já começando a ter saudade das novas amizades, os jovens se reuniram em grupos de trabalho para pensar em propostas para os próximos anos do REMA. A criatividade rolou solta e gerou muitas ideias boas, mas as que mais se repetiram tinham a ver com autonomia e articulação. Ficou claro para todos que a juventude está mais segura para protagonizar as ações do projeto em suas comunidades, e agora quer estar à frente de mais decisões e atividades. Além disso, quanto mais percebem que suas comunidades têm problemas e reivindicações em comum, mais querem se encontrar para trocar ideias e experiências.

Jovens acompanham conversa sobre as propostas que construíram.
Nesse clima de esperança, foi realizada a mística de encerramento: após um vídeo com vários exemplos de juventudes organizadas para transformar o mundo em que vivem, cada jovem colocou suas esperanças de luta para os próximos anos em uma cápsula do tempo. Ao som de uma ciranda animadíssima, todos dançaram em torno dos próprios sonhos e fecharam a cápsula, que será aberta no próximo encontro da rede.

Jovens de todos os municípios fecham juntos a cápsula do tempo.


